Front-End Dev, WTH?

[Nota do editor: este artigo foi originalmente publicado em Setembro de 2016 e revisto de forma a melhorar a compreensão e a pertinência do mesmo].

Hoje a função de front-end developer já está na boca do mundo. Mas sabes qual a origem desta carreira tecnológica? Entre os comuns mortais, havia quem lhes chamasse web designers e não assim há muito tempo…

Mwahahah{.img-left}
Um dia até as mães saberão exactamente o que faz um front-end developer. ????_

Mesmo que já conheças a história da profissão, garanto-te que vais querer ler este artigo. No fim vais perceber porquê.

Antes de passarmos à história, só para desfazer confusões, um front-end developer trata de todo o aspecto visível de uma plataforma online.

No fundo, e de uma forma algo redutora e simplista, cria aquilo que o utilizador vê, através de HTML, CSS e JavaScript, bem como todos os aspectos de interface e interacção.

A parte invisível, de gestão de bases de dados e afins, fica a cargo dos back-end developers. Existem ainda os full-stack developers que tratam de ambas as partes e implica um domínio global de todas as vertentes das plataformas online (sites, apps, etc).

Como surgiu o front-end web development

Ao contrário da história do ovo e da galinha, aqui sabe-se muito bem quem veio primeiro. Antes de front e back-end, num passado longínquo, os developers eram chamados de webmasters, the rulling overlords que tratavam de todo o site.

Nos primórdios da web, cada webmaster tinha direito a “assinar” cada página com o seu nome e e-mail directo. Sim, na altura, spam ainda não era a praga que é hoje.

Neste artigo vamos tentar resumir, de uma forma bastante sucinta, os principais marcos na história do front-end development. Achas que faltam alguns? Deixa-nos a tua dica nos comentários.

No princípio havia o HTML e muitos, muitos GIFs

Quando a World Wide Web nasceu às mãos do tio Tim Berners-Lee, foi também criado o HTML (HyperText Markup Language), a linguagem que permitia (e permite) aos navegadores interpretarem o código das páginas que os webmasters escreviam. O HTML é o cimento que sempre manteve a web de pé.

Havia uma certa poesia na primeira web. A poesia da simplicidade, a epopeia do desenrascanço via mIRC, as mil e uma aventuras dos <iframes> (Inline Frames, criados em 1996 pela Microsoft) e as tabelas. Outra grande “moda” destes tempos. Tentar encaixar tudo dentro de tabelas era um desafio e tanto.

Enfim, fazia-se magia com pouco. Não se mudava o Mundo mas colocava-se todo o tipo de objectos a perseguir o cursor do rato. Ahhh, good ol’days.

Pouco depois, surgiu a febre dos GIF’s. Eram a última Coca-cola no deserto. Geocities anyone? Rara era a página que não tinha um. Ou dois mil.

Até os sites “em construção”, essa outra mui nobre instituição da Web 1.0, usavam e abusavam das imagens de baixa qualidade, de 2 ou 3 frames animados em loop.






Site em construção{.img-center}

E ao 7º dia, nasceu o JavaScript



Apesar de uma infância difícil, principalmente por ser uma “criança” problemática e ter um feitio difícil de domar, o JavaScript é hoje uma das ferramentas mais poderosas para um front-end developer. Chegou com a promessa revolucionária de correr scripts client-side, mas a sua adopção em massa tem sido um processo lento.




O JavaScript é um pouco como as couves de bruxelas. Ou adoras ou odeias.




Couves de Bruxelas{.img-center}

Muitos recusam-se a aprender JS, enquanto outros há muito que se renderam às suas potencialidades. My 2 cents? Embrace it. Don’t fight it.

Criada em 1995, baptizada inicialmente como Mocha e LiveScript antes de adoptar o nome actual de JavaScript, a linguagem JavaScript evoluiu bastante, oferecendo hoje a todos os developers um vasto leque de frameworks que facilitam o dia-a-dia.

Uma enxurrada de estilos

A Cascading Style Sheet (CSS) foi uma invenção que veio trazer ordem, beleza e liberdade à web. O nome escolhido reflecte a sua estrutura de código organizada em cascata. Que bonito.

Uma folha de estilos, num ficheiro separado do HTML, para embelezar o mais quadrado dos códigos, que define uma série de regras visuais, e que descreve como estes se devem comportar quando exibidos num navegador.

Por viver num ficheiro à parte, permite actualizar o look & feel do site mexendo apenas num sítio. As alterações afectam todas as páginas do site que estejam a usar essa folha de estilos.

É graças ao CSS que, em conjunto com o HTML, é possível criar sites responsive que se adaptam ao tamanho do ecrã em que são vistos.

CSS in a nutshell{.img-center}

CSS resumido numa só imagem ⬆️⬆️ Amirite?


## Salários, formação e outras coisas que tais


Uma das maiores questões para quem se inicia como Front-end developer, ou para quem está a pensar mudar de empresa, é:

Quanto ganha um Front-end developer?”.

Os ordenados médios têm sofrido algumas alterações ao longo do tempo e têm em conta muitas variáveis.

Apesar disso, e tal como acontece em todas as áreas, a remuneração é ainda um assunto meio-tabu.

Aqui na KWAN sabemos disso. Para evitar que te metas em assados, criámos uma Calculadora Salarial que te pode dar muito jeito. Quer estejas a começar ou a pensar em mudar de ares, esta ferramenta vai ajudar-te a ter uma noção real dos salários de front-end developers e não só.

No que toca à formação ideal para de tornares num front-end developer de sucesso, a resposta pode ser um pouco mais complicada. Principalmente porque não existe uma resposta certa. Muitas estradas vão dar a esta Roma.

O caminho mais comum, é ter alguma formação de webdesign e incrementá-la com skills de front-end adquiridas a vulso.

Como não existe nenhum curso superior em front-end, tens sempre a opção de um curso superior da área da informática ou optar por um dos cursos mais práticos de front-end que já abundam por aí.

Deixamos aqui algumas boas opções para obter a formação adequada ou complementares a que já tens:

Escolas

  • EDIT – Lisboa ou Porto
  • FLAG – Lisboa, Porto, Faro, Coimbra ou Braga

Online

Free

  • Codecademy – Uma boa opção sem custos envolvidos

No fim das contas, tudo se resume aos skills que tens na bagagem. O importante é o que te move. Se o desenvolvimento web te apaixona, vai atrás do teu sonho e luta por ele. Se o front-end é o teu lugar, de uma forma ou de outra, tudo é possível.