Através de uma abordagem centrada no usuário, é possível criar experiências satisfatórias e impulsionar o sucesso de um negócio. Mas como colocar isso em prática? Como surgiu o design centrado no usuário? O que é feito atualmente e o que se espera do futuro?
O Que é Experiência do Usuário?
O termo que vem do inglês user experience, refere-se atoda interação que o usuário tem em relação ao produto ou serviço. E uma boa experiência começa por compreender profundamente as necessidades e expectativas dos usuários finais. É fundamental ir além das funcionalidades básicas, entendendo os desejos, as dores e os contextos em que os usuários irão interagir.
A simplicidade e a facilidade de uso são pilares fundamentais de uma boa experiência. Cada interação deve ser fluída, sem obstáculos, permitindo que os usuários alcancem seus objetivos de forma rápida e eficiente.
Além disso, o design e a interface devem ser visualmente atraentes, agradáveis e coerentes com a identidade da marca. Elementos visuais bem pensados e uma estrutura clara facilitam a compreensão das informações e orientam os usuários em sua jornada.
Contudo, é crucial que todos os times estejam alinhados e a comunicação seja fluida (veja aqui um artigo sobre a importância da comunicação em TI) de forma a alcançar uma boa experiência do usuário. Desde o desenvolvimento, design, marketing até o atendimento ao cliente, todos devem trabalhar em conjunto, compartilhando conhecimentos e objetivos.
Através de uma abordagem centrada no usuário com simplicidade, elegância e alinhamento entre as equipes, é possível criar experiências satisfatórias e impulsionar o sucesso de um negócio.
Conceitos Básicos
Há alguns conceitos a considerar na experiência do usuário, são eles:
1. Usabilidade
Refere-se à facilidade com que os usuários podem interagir com um produto ou sistema.
2. Arquitetura de Informação
Trata da organização e estruturação das informações em um produto ou sistema.
3. Design Centrado no Usuário
Quando as necessidades, expectativas e experiências do usuário são o ponto central do processo de criação.
4. Testes de Usabilidade
É um método que ajuda a identificar problemas, pontos de fricção e oportunidades de melhoria na interface e interação do usuário, através da observação direta dos usuários enquanto eles realizam tarefas específicas.
5. Design Responsivo
Refere-se ao design que se adapta a diferentes dispositivos e tamanhos de tela, proporcionando uma experiência consistente e otimizada em vários dispositivos.
6. Feedback do Usuário
Envolve a coleta de feedback e opiniões dos usuários sobre um produto ou sistema.
E há muitos outros conceitos que podem ser explorados à medida que se aprofunda no assunto.
Contexto Histórico
Durante a Segunda Guerra Mundial, os primeiros computadores foram desenvolvidos para fins militares e científicos, a experiência do usuário ainda não era uma consideração significativa.
Na década de 1960-1970 as interfaces eram basicamente textos e comandos complicados, o que dificultava o uso para a maioria das pessoas. Foi nessa altura que os pesquisadores começaram a estudar como as pessoas interagiam com os computadores e como tornar essa interação mais fácil e agradável para todos.
Empresas como a Apple, em 1984, e a Xerox, foram pioneiras na introdução de interfaces gráficas intuitivas e amigáveis ao usuário.
Em 1990, a popularização da Internet e a explosão das aplicações web trouxeram novos desafios e novos conceitos como arquitetura de informação, design de interação e design centrado no usuário, que buscavam trazer abordagens mais humanas para o desenvolvimento de sistemas interativos.
O design centrado no usuário começou a ganhar destaque em 2000, com a aplicação de técnicas como testes de usabilidade e pesquisa de usuário para melhorar a interação. Os sites ainda eram predominantemente estáticos, com layouts simples e pouca interatividade.
O advento das redes sociais, aplicativos web e dispositivos móveis, levou o UX a se diversificar. Com o surgimento dos primeiros smartphones, o design responsivo ganhou importância, adaptando as interfaces para diferentes tamanhos de tela e tornou o design visual, com o uso de elementos gráficos e interfaces, mais atraentes.
No período de 2010, o foco se voltou para a experiência omnichannel, à medida que os usuários começaram a interagir com serviços em diferentes dispositivos e plataformas. A ênfase estava em criar experiências consistentes e fluidas em vários canais, como desktop, mobile e tablets. A personalização e a relevância dos conteúdos também se tornaram fundamentais para melhorar a experiência do usuário.
A partir de 2015, a experiência do usuário continuou a evoluir com a popularização dos assistentes virtuais, Internet das Coisas (IoT), realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR). O design conversacional ganhou destaque, com a criação de interfaces que respondem a comandos de voz. O design centrado no usuário se tornou mais holístico, considerando não apenas a interface, mas também os aspectos emocionais e sociais da interação.
No ano de 2020, a pandemia de COVID-19 trouxe desafios adicionais ao UX. Com o aumento do trabalho remoto e da dependência de serviços digitais, a acessibilidade e a inclusão se tornaram ainda mais cruciais. As empresas também passaram a priorizar a segurança e a privacidade dos dados do usuário, considerando-as como parte integrante da experiência do usuário.
É importante ressaltar que esses são apenas alguns dos aspectos que evoluíram durante esses períodos e que o campo do UX continua em constante mudança.
Mercado Atual de UX
Confira aqui uma lista de empresas que investem na experiência da pessoa usuária:
1. Netflix
Netflix é um exemplo de empresa que se concentra em fornecer uma experiência personalizada e envolvente aos usuários. Sua plataforma de streaming de vídeo oferece recomendações personalizadas com base nos gostos e histórico de visualização dos usuários. Com uma interface intuitiva que torna a navegação e a reprodução de filmes e séries fluidas e agradáveis.
2. Apple
A Apple é amplamente reconhecida por sua ênfase na experiência do usuário e por projetar interfaces intuitivas, elegantes e fáceis de usar. Seus produtos oferecem uma experiência coesa e consistente, com atenção aos detalhes e simplicidade na interação.
3. Airbnb
A plataforma de hospedagem Airbnb se destaca pela sua atenção à experiência do usuário. Seu site e aplicativo são projetados para facilitar a busca e reserva de acomodações, com foco na simplicidade e na confiança. Os usuários podem visualizar fotos, ler avaliações de outros usuários, entrar em contato com os anfitriões e concluir reservas com poucos cliques.
4. Google
O Google é uma empresa que valoriza a UX em uma variedade de serviços e se esforça para fornecer interfaces limpas, rápidas e eficientes, garantindo que os usuários encontrem as informações que procuram de maneira fácil e rápida.
E o Futuro do UX?
Novas tecnologias, como inteligência artificial e realidade aumentada, estão transformando a maneira como projetamos e vivenciamos a experiência do usuário e é provável que essa evolução continue. Com isso, o futuro do UX pertence aos profissionais que buscam constantemente evoluir, adquirindo novos conhecimentos, acompanhando as tendências, dominando as ferramentas e que focam seus objetivos em gerar resultados.
Para este ano, o mercado de UX está em busca de profissionais experientes que possam atuar como líderes e também de profissionais habilidosos na execução de atividades operacionais, como design de interfaces.
Introdução ao UX: Considerações Finais
Com o mundo cada vez mais voltado para a satisfação e fidelização dos clientes, proporcionar uma boa experiência do usuário tornou-se um diferencial competitivo necessário. Uma boa UX vai além de apenas atender as necessidades dos usuários finais; ela busca encantar, cativar e envolver os usuários desde o primeiro contato. É uma abordagem centrada no usuário que busca oferecer uma experiência simples, fácil de usar, elegante e que traga satisfação em possuir e usar o produto ou serviço.