A Maria Sbrancia e o Bernardo Carapito têm ambos formação superior no Instituto Superior Técnico, na área da tecnologia e há um ano atrás tiveram a oportunidade de fazer parte de uma academia de OutSystems. Hoje não trocam a área de Outsystems pelo desenvolvimento tradicional e neste artigo explicam-te porquê.
Trabalhar em OutSystems tem sido uma experiência bastante positiva enquanto developer, por isso, neste artigo vamos dar-te três razões para escolher esta área e ainda dar-te a conhecer aquelas que consideramos serem as limitações da plataforma – o que de forma nenhuma faz com que adoremos menos o que estamos a fazer!
Mas antes de mais, se não sabes em que consiste a Outsystems – a tecnologia e a empresa que a desenvolve – dá uma vista de olhos neste artigo. E se queres saber em que consiste a carreira de um programador de Outsystem, então é boa ideia leres este artigo.
3 razões para escolher trabalhar em OutSystems tendo formação superior em informática
1. Desenvolvimento e gestão full stack de aplicações web e mobile numa só ferramenta
Apesar de muitos dos desafios técnicos e lógicos continuarem a existir neste tipo de desenvolvimento, a plataforma OutSystems permite o desenvolvimento e gestão full stack de aplicações web e mobile numa só ferramenta e ainda, num curto espaço de tempo, integrar o processo de desenvolvimento aplicacional (back end, front end) e criar uma aplicação funcional e com elevada complexidade.
2. Rápido processo de integração
A baixa barreira à entrada é muito potenciada pela existência de documentação e guias interativos de fácil e gratuito acesso para qualquer pessoa que esteja interessada em descobrir a plataforma. Ao passo que os guias interativos constituídos por vídeos e exercícios, tanto práticos como teóricos, acabam por ser uma boa primeira abordagem para adquirir conhecimento, a documentação escrita acaba por servir como um complemento importante para abordar tais assuntos de forma mais detalhada e completa.
Além disso, é uma vantagem termos aprendido OutSystems após ter estudado desenvolvimento tradicional. Os conceitos são os mesmos, por isso, ao partir do conhecimento teórico e de baixo-nível sobre os fundamentos da computação, a tradução dos mesmos para o universo OutSystems torna-se mais evidente.
3. Fácil adaptação das boas práticas da programação em OutSystems
Uma das ferramentas mais úteis disponíveis na plataforma é o Architecture Dashboard onde a “saúde” dos módulos das aplicações é ordenada com base num sistema de cores. Para cada módulo, existe um relatório sobre a technical debt do mesmo. Technical Debt é uma medida que quantifica o custo de refazer uma solução, com base no tipo de implementação escolhida. Esta ferramenta, portanto, disponibiliza no relatório diversos problemas de implementação que podem aumentar o custo de manutenção a longo prazo e ajuda a que os developers fiquem habituados a seguirem as boas práticas de programação na plataforma.
Limitações da plataforma
Como em qualquer outra ferramenta utilizada em software development, existem pontos de melhoria, gostaríamos de salientar dois.
Área de automação de testes
Neste momento, as ferramentas atuais são limitadas e em muitas situações é necessário utilizar software externo para efetuar este tipo de testes. Porém, tendo em conta que OutSystems é uma plataforma all in one para o desenvolvimento de aplicações, o investimento neste tipo de ferramentas acaba por ser um passo desejável (e provavelmente expectável) para futuras atualizações.
Comunidade ainda pouco desenvolvida
Em comparação com o desenvolvimento tradicional, sentimos falta de uma comunidade mais estabelecida. Existem fóruns e uma comunidade em crescimento, porém, a adesão e quantidade de conteúdo disponível não é comparável ao material disponível para muitas outras linguagens de programação.
Porquê trabalhar em OutSystems quando se tem formação superior em informática? Considerações finais
O grande número de linguagens de programação que são usadas num projeto, de grande escala, em desenvolvimento tradicional, faz com que sejam poucas as pessoas que têm conhecimento suficiente para fazer parte da total definição de um produto. Ao trabalhar com OutSystems é possível rapidamente passar de um desafio ao próximo, testar facilmente diferentes opções de implementação e poder passar mais tempo a pensar como estruturar da melhor forma possível a solução.
Por outro lado, termos estudado programação antes de começar a trabalhar em OutSystems não é uma desvantagem, na verdade, coloca-nos um passo à frente relativamente a profissionais que fazem formações diretamente em OutSystems, pois os conceitos teóricos que aprendemos na faculdade são os mesmos.
Por todas as razões aqui apresentadas, regressar ao mundo do desenvolvimento tradicional está fora de questão e é um percurso que aconselho a qualquer recém-formado que esteja a considerar iniciar a sua carreira profissional em OutSystems.