Back-end, os bastidores da web

Há uns tempos mostrámos o percurso do front-end development até aos dias de hoje. Agora é vez de recuar até aos bastidores da web e mostrar o que é, e de onde veio o back-end development. Vem connosco fazer uma viagem no tempo. Don’t worry, where we’re going we don’t need roads.

Viagem no tempo

O bê-á-bá do desenvolvimento back-end

Em 2016, é mais importante do que nunca, uma empresa ou empreendedor mostrar-se ao mundo através de um site deslumbrante. No entanto, poucos utilizadores têm noção do esforço necessário para conseguir oferecer-lhes aquilo que muitos tomam por garantido.

A web pré-1994

Quando a Internet se tornou user-friendly, ainda os anos 90 eram jovens, não existia aquilo a que hoje chamamos de back-end. A Internet da altura, assentava em formas básicas de código HTML, que eram acedidas por um computador que fazia a ligação (muitas vezes lenta) ao servidor onde o site estava alojado.

Modem 56k

Uma Internet feita de HTML básico significava que os utilizadores apenas podiam ver as páginas estáticas, como elas eram construídas, ao contrário de hoje, onde as páginas são populadas por conteúdos dinâmicos. Não havia a possibilidade de visitar sites com output de HTML customizado consoante os pedidos do browser.

CGI & o Nascimento do Desenvolvimento Back-end

Felizmente, os anos de 93 e 94 trouxeram consigo o CGI (Common Gateway Interface), permitindo aos browsers interagirem directamente com os sevidores, executando os pedidos em real time, trabalhando a informação de forma dinâmica.

Claro que os pedidos exigem processamento em background e execução de várias aplicações. É por isto que o actual desenvolvimento back-end é tão importante. Ao contrário do desenvolvimento front-end, que é responsável por tudo aquilo que o utilizador vê, o desenvolvimento back-end permite que a gestão da base de dados e processamento no servidor aconteça nos bastidores, longe dos olhares dos utilizadores, mas que são essenciais para a interacção entre os vários níveis de informação presente no site.

Ferramentas para Back-end Development

Para que as aplicações e as base de dados sirvam pedidos individuais de utilizadores, os back-end developers usam linguagens de programação como Ruby on Rails, PHP, Python ou Java. Tal como a integração e utilização de ferramentas MySQL, Oracle e bases dados SQL são necessárias para que os processos das aplicações web sejam encontradas, gravadas e enviadas de volta para os utilizadores.

O Presente & Futuro do Back-end Development

Recentemente, o back-end web development tem vindo a incorporar a criação de API’s (Application Programming Interface) para aplicações móveis. Tendo em conta o crescimento exponencial da popularidade do cloud computing, o desenvolvimento back-end “serverless” parece lançado para desempenhar um papel de relevo no futuro do desenvolvimento web.

Mobile Genius

O front e o back-end development estão interligados e partilham, naturalmente, o mesmo futuro. Ambos passam definitivamente pelo mobile. Isto quer as experiências mobile venham ou não a substituir a tradicional forma de aceder à web via desktop, o back-end development tem um papel garantido em todo o tipo de web deployments.

Linguagens mais versáteis estão a emergir e vão potenciar o futuro do back-end entre as várias plataformas. A linguagem Clojure, por exemplo, uma linguagem funcional baseada em Lisp, tem ganho tracção e oferece vantagens de integração muito relevantes, prometendo facilitar a vida de quem trabalha em back-end. É uma linguagem “simplificada”, que integra vários motores como o Java virtual machine, Common Language Runtime e o JavaScript. O futuro passa também por aqui.

Salários & Formação

No que toca a salários, todos querem saber quanto ganha um back-end developer. Os números flutuam dependendo, evidentemente, de vários factores. Da experiência, da formação, etc. Na KWAN queremos ajudar-te a perceber quanto mereces, tendo em conta a tua realidade profissional e, para isso, criámos uma Calculadora Salarial, que podes consultar e introduzir os teus dados de forma anónima.

Como em tudo na vida, ninguém nasce a saber programar para back-end. Para desempenhar essas funções, podes apostar em formação para as linguagens específicas, como as já mencionadas neste artigo: Ruby on Rails, PHP, mySQL, Python, Clojure, etc. Curso de Web Development também são um bom ponto de partida, ainda que normalmente mais abrangentes, podem dar-te saída para o caminho do full-stack development (front-end & back-end).