A geração de profissionais altamente qualificados que está a transformar o setor tecnológico enfrenta um dilema profundo: entre a procura de sentido e propósito, a flexibilidade e o risco crescente de desgaste emocional. Para estes consultores, trabalhar com impacto real já não é apenas uma mais-valia, é uma necessidade.
Exemplo concreto: implementar uma solução que reduz significativamente o tempo que uma equipa gasta em tarefas repetitivas mostra um valor imediato e mensurável. E, muitas vezes, esta necessidade colide com a realidade organizacional.
O QUE VAIS ENCONTRAR NESTE ARTIGO:
– O dilema da nova geração tech – Porque já não basta uma boa remuneração: procuram impacto, autenticidade e equilíbrio.
– Burnout, pertença e cultura organizacional – Como a falta de tribo e de propósito afeta o bem-estar emocional das equipas.
– Como construir uma verdadeira TriboTech – As cinco personalidades que fortalecem equipas e reduzem o risco de desgaste.
Estamos a viver ou apenas a sobreviver ao trabalho?
Nas últimas décadas, o modelo tradicional de “trabalhar para viver” foi substituído, sobretudo nas profissões tecnológicas, por uma ambição: “gostar de viver através do que faço”. Esta mudança cultural explica parte da razão pela qual tantos jovens consultores preferem saltar de empresa em empresa, ou mesmo abandonar o emprego formal, em busca de projetos mais autênticos.
Flexibilidade vs. Exaustão
O setor tech exige cada vez mais ritmo, inovação e resposta rápida. A promessa de flexibilidade para trabalhar à distância, horários que se estendem como se o dia tivesse mais de 24 horas, e projetos diversos, esconde, por vezes, uma realidade menos leve: todos os pedidos são urgentes, a falta de fronteiras entre vida pessoal e profissional e a sensação de nunca estar realmente “desligado”.
Este conjunto potencia o risco de burnout. Todos nós conhecemos alguém que já passou por isto! Não estamos a falar de afastamento passivo, de fazer apenas o mínimo exigido, sem assumir responsabilidades ou iniciativas, mas de uma sensação de desgaste emocional, de desmotivação interior e de falta de energia para corresponder às próprias expectativas.
A TriboTech que não chega
Nos últimos anos, a corrida pela inovação tecnológica acelerou transformações profundas nas empresas. Ferramentas digitais, metodologias ágeis, novos modelos de trabalho, tudo parece apontar para um futuro mais eficiente e inteligente. Mas há um elemento essencial que continua, muitas vezes, a chegar atrasado: a cultura organizacional.
A importância de pertencer a uma tribo
Há estudos que mostram que os profissionais que sentem que são parte de uma verdadeira “tribo”, alinhados com a missão da empresa, os seus valores e a sua equipa, lidam melhor com períodos de maior pressão e incerteza.
Quando o trabalho se reduz apenas a “cumprir tarefas”, o profissional fica mais exposto ao stress e ao desgaste emocional. Falta-lhe objetivo. Falta-lhe ligação. Falta-lhe tribo.
O que realmente faz uma equipaÉ frequente ver novos consultores, imersos em ferramentas, processos e deadlines. Esquecem-se de um princípio básico:
“We are not a team because we work together. We are a team because we trust, we respect, and care for each other.”
Uma TriboTech não se constrói com reuniões agendadas ou checklists. Constrói-se com confiança, respeito e cuidado mútuo. Só assim existe cooperação genuína, comunicação aberta e resiliência coletiva.
As cinco personalidades que fortalecem a TriboTechPara que uma comunidade profissional seja forte, precisa das pessoas certas, não apenas das mais competentes, e isto não é poesia. Na minha TriboTech tenho de integrar cinco perfis essenciais:
- Inspiradoras: elevam a fasquia e puxam os outros para cima
- Apaixonadas: trazem entusiasmo e autenticidade
- Motivadas: transformam desafios em movimento
- Gratas: reconhecem o contributo de todos e reforçam laços
- De mente aberta: aceitam novas ideias e promovem a inovação
Quando estes perfis se cruzam, cria-se um ambiente saudável, capaz de reduzir o risco de burnout e de transformar um grupo de indivíduos num verdadeiro grupo com destino.
Sem pessoas, não há tecnologia que resistaNa era da transformação digital, há quem se foque exclusivamente em ferramentas, processos e indicadores. No entanto, a tecnologia só gera resultados quando encontra terreno fértil numa cultura forte e humana.
Na minha TriboTech não somos um software, nem um organigrama. É a nossa forma de estar. É o que acontece quando as pessoas se sentem parte de algo maior do que elas próprias. A inovação nasce da mente. Mas só se desenvolve no coração da tribo.
Procuram mais do que remuneraçãoPara a nova geração de consultores tech, o contrato de trabalho já não é suficiente. Procuram mais do que remuneração: procuram a TriboTech, um espaço onde sintam que são reconhecidoas, uma conexão e crescimento profissional.
As empresas que desenvolvem uma cultura organizacional forte, dinâmica e orientada para pessoas registram impactos positivos e sustentáveis nos seus resultados: estudos indicam que organizações que utilizam inteligência artificial de forma eficaz aumentam os lucros ou reduzem os custos em média 6,24 milhões de euros (EY). Além disso, empresas que implementam sistemas de CRM reportam lucros duas vezes superiores em relação às que não utilizam estas ferramentas tecnológicas (Liminal). Casos como o da Nextbitt, que combina tecnologia de ponta com sustentabilidade, demonstram que a inovação alinhada com valores humanos não só atrai talento, como também impulsiona o crescimento e o reconhecimento no mercado.
Entre o burnout e a TriboTech, existe um caminho que as empresas podem (e devem) traçar. O problema é que muitas ainda não se deram conta de que ele existe.
Entre o Burnout e a Tribo – Considerações Finais
Talvez o verdadeiro desafio da nova geração tech seja encontrar o equilíbrio entre o sentido e o bem-estar, entre o impacto e a realização pessoal.
Porque, como dizia o Mestre António Variações, “estou bem onde não estou.”
A questão é: será que conseguimos, um dia, estar bem exatamente onde estamos?
Na KWAN, acreditamos que equipas fortes não surgem por acaso. Constroem-se com o talento certo, a cultura certa e os sistemas de apoio que permitem às pessoas prosperar.
Se queres reforçar a tua cultura e criar um ambiente onde o teu talento possa crescer com propósito, estamos aqui para ajudar. Fala connosco para construirmos juntos a tua TechTribe.



